sexta-feira

Fragmento do livro: Felicidade Clandestina

Clarice Lispector

“Chegando em casa, não comecei a ler.
Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter.
Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas,
fechei-o de novo, fui passear pela casa,
adiei ainda mais indo comer pão com manteiga,
fingi que não sabia onde guardara o livro,
achava-o, abria-o por alguns instantes.
Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

""Erótica é a alma""

Adélia Prado