Nei Leandro de Castro
Um amor que me lesse poemas
quando meus olhos glaucomatosos
exigissem minutos de silêncio.
Um amor que me levasse às falésias de sol
e lá de cima,
tonto de anticrespúsculo,
me pedisse carícias duras.
Um amor que me escrevesse
trinta e uma vezes e mais trinta
toda vez que eu fugisse dos seus braços
para cumprir a penitência dos malditos.
Um amor que acompanhasse revoadas de santos
sobre a fortaleza, sobre o Potengi,
sobre o meu peito,
a partir do santuário do seu sexo.
Um amor que me lesse poemas
quando meus olhos glaucomatosos
exigissem minutos de silêncio.
Um amor que me levasse às falésias de sol
e lá de cima,
tonto de anticrespúsculo,
me pedisse carícias duras.
Um amor que me escrevesse
trinta e uma vezes e mais trinta
toda vez que eu fugisse dos seus braços
para cumprir a penitência dos malditos.
Um amor que acompanhasse revoadas de santos
sobre a fortaleza, sobre o Potengi,
sobre o meu peito,
a partir do santuário do seu sexo.
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""Erótica é a alma""
Adélia Prado