Bianca Alves Não vês pelas ruas pedaços de mim?
Joguei meu all star num fio de alta-tensão
Deixei o que vestia num brechó e sai com a roupa da pele
Tenho uma marca profunda, branca, circular e dolorida no dedo,
o sol agora pode desfazer nossa aliança e isso dói.
Joguei fora nossas promessas numa rua estranha,
escura, não volto mais lá.
Meu corpo desavisado sente frio e
nada consegue aquecê-lo, tocá-lo, transformá-lo,
ele (meu templo) virou um cabide...
onde bolsas e roupas me levam pra lugar nenhum.
Nossa cama...
onde nossos corpos descansavam depois do amor
Virou uma cama de dormir, um catre, cresceu
e me expulsou de lá.
Penso!
Sim...
Farei um novo mapa da cidade que me viu crescer
Loucura?
Desconheço as ruas que gastaram meus sapatos
E a vizinhança anda solidária com a minha dor
De uns tempos pra cá
Morrer é algo que faço em Vida
Com uma habilidade...AssutaDORa.
* Catre: leito pobre e tosco,cama de viagem,camilha dobradiça.
Ansiosa me fiz quando soube que um manjá estava ao fogo... Bem cedo, venho e leio e toco!
ResponderExcluirÉ tão intensa a leitura que faço do que você escreve.. eu sou fã das suas palavras tão coloridas e que se movem rapidamente.. dançando!
Eu posso ver você balbuciar cada uma delas após tê-las escrevido!
Tão humana, tão normal.. você é!
A borboleta que quer pousar calma. E as suas asas lilás, entoam canções que eu agradeço por saber escutar!!
Um beijo, filha da Lispector..! rsrs
Meu Deus, como a escrita é parecida! =)
"Morrer � algo que fa�o em vida com uma habilidade assustaDORa"
ResponderExcluirMe apaixonei perdidamente por esse texto com sua carga de dor t�o bela e cruel ao mesmo tempo.
Com uma poesia t�o �nica e t�o sua. Parab�ns, senhorita Bianca. Me deixou sem palavras. Novamente.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAo te ler, senti uma inevitável faisca de felicidade misturada a dor nesses meus olhos cansados pela luz do monitor...(rimou sen querer)rsrs*
ResponderExcluirSuas palavras continuam me fascinando desde a primeira vez que as lí... ^^
Me deixou sem palavras obvias...
Você é mesmo uma pessoa desconcertante!
Beijoo dona Bianca!